terça-feira, 26 de abril de 2011

A culpa é do videogame?

Mais uma vez, de novo, outra vez, os videogames viraram vilões. Basta acontecer um novo caso de violência (que ocorreria mesmo que videogames não existissem) que pessoas desinformadas partem com tochas em busca de computadores e consoles na casa do criminoso pra imediatamente associar o crime a jogos 'violentos'. Se você for agricultor pare imediatamente de jogar Colheita Feliz.


Ninguém fala da violência que é a falta de emprego e salário digno pra grande maioria da população. Ninguém fala da violência que é a falta de saneamento, água encanada, escola, hospitais, lazer e uma moradia digna para a grande maioria da população.
Ninguém fala que o ser humano é violento em sua natureza e que guerras são travadas desde que o mundo é mundo, muito antes do videogame.

Jogar a culpa em jogos eletrônicos supostamente violentos é de uma irresponsabilidade ímpar. Os mesmos jornalistas que atribuem essa culpa aos jogos são os que perguntam "como você está se sentindo" após uma tragédia onde uma pessoa perde a família inteira. São os mesmos que usam o termo "hacker" até mesmo se o sobrinho de 5 anos descobrir que a senha do computador dele é 12345.

E todas as crianças pobres e sem oportunidades que tornam-se violentas? Onde está o videogame nessa história? E todas as MILHÕES de crianças que possuem videogames, jogam desde muito pequenas e tornaram-se adultos pacíficos?

Comparem as estatísticas. Vejam quantos casos de violência existem entre pessoas que jogam videogames diante de milhões de praticantes. Depois vejam quantos casos há de IMBECIS falando o que não devem e atribuindo culpa sem qualquer tipo de embasamento social, científico ou médico diante de um universo de apenas alguns milhares de "jornalistas" e "especialistas".

O problema não está nos videogames, está nas pessoas. O trânsito mata dezenas de milhares de pessoas no Brasil todos os anos. Políticos desviam milhões de reais em verbas públicas todos os dias. Artistas se aproveitam da máquina para faturar às custas do povo. E eu garanto a vocês: nenhum deles joga videogame.

4 Comentários:

Unknown disse...

da pra pensar tambem nos países de primeiro mundo em que o nivel de violência é baixiiissimo e as pessoas, jovens e adultos, tambem jogam videogames, com certeza a culpa nao é dos jogos

Áurea Souto disse...

Lembro que, na minha infância, existia até cigarro de chocolate e eu nunca cheguei a ser fumante por isso, muito pelo contrário, odeio cigarro.

Com relação aos videogames, tentar ligar sociopatia a jogos violentos chega a ser algo digno de risada, nem chega a ser jornalismo, mas apenas uma tentativa de ganhar audiência em cima do assunto do momento, da forma mais sensacionalista possível.

Eles tentam passar para o público como se os jogos, a reclusão e a aversão ao contato social fossem a causa do comportamento patológico do assassino, quando na verdade são sintomas de seus problemas mentais.

E ainda aparecem os familiares do cara, depois de o estrago estar feito, pra dizer que ele sempre foi meio estranho, isso e aquilo, mas por que não levaram ele pra ser tratado por um psiquiatra antes, já que era do conhecimento de todos?

Enfim, é mais fácil mudar o foco do problema real, do que resolver os problemas verdadeiros, citados por você no texto.

thiago disse...

A culpabilidade dos videogames, se eu me lembro bem, começou a ser dita (berrada?) nos massacres em colégios Norte americanos.
O que me surpreende é que ainda hoje em dia, quando já se sabe que o bullying (e não os videogames) é o verdadeiro motivo que leva alguns jovens e crianças a cometerem aquele tipo de chacina, ainda existe "jornalista" que fala de jogos eletrônicos.
E com uma geração de jornalistas sem diploma a caminho, a tendência é piorar =/

Lord Meirnan disse...

Isso foi bem feito... Vc é o cara vey!

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