Medo de avião
Eu nunca viajei tanto na vida em um mesmo mês como nesse mês de Abril. Na primeira semana fui para o Desencontro 2011 em Fortaleza. Logo em seguida, malas prontas novamente e lá fomos eu e a patroa de novo pro aeroporto. Dessa vez o destino foi São Paulo, pra fazer umas comprinhas e curtir o show do U2. Chegamos numa terça e após 3 dias aeroporto de novo, com direção a Fernando de Noronha. Ufa!
Nessas três semanas viajando, pegamos ao todo 7 vôos. Ida e volta para Fortaleza, Ida para São Paulo com conexão em Brasília, volta para Recife e ida e volta para Noronha. Foram 5 aeroportos, diferentes condições climáticas, cias. aéreas e aeronaves. Todos os vôos foram bem diferentes, co vantagem pra Fortaleza e Noronha, que não demandam mais que 50 minutos de vôo saindo de Recife. A única semelhança em tudo isso: meu nervosismo.
Eu não morro de medo de avião, nem passo mal, nem nada. Só fico nervoso. Creio que um nervosismo normal, que todo mundo tem. Por mais que a gente saiba como é seguro, acidentes recentes e maior exposição dos casos fatais na mídia deixaram todos um pouco mais medrosos. Mil coisas passam pela minha cabeça quando estou voando.
- Clima: se estiver nublado e/ou chovendo, me bate o cagaço. Não sei o quão pior é voar com chuva ou muitas nuvens, mas na minha cabeça isso é sinônimo de acidente. Faço malabarismos mentais pra conseguir pensar em outras coisas;
- Barulhos: só quem voa muito acostuma-se com certos barulhos da aeronave. Em cada poltrona que você fica os barulhos são diferentes. No meio você ouve os flaps da asa, no fundo ouve o trem de pouso e balança mais, na frente você ouve a turbina... Tudo vira motivo pra pânico;
- Ambiente: pessoas falando de acidentes, Lost, qualquer tipo de simbolismo que possa ser associado a acidentes com aviões me faz perder a calma. Tento disfarçar e esquecer jogando no iPhone ou vendo filmes.
Não sei de onde vem esse medo. Talvez seja o instinto natural de auto-preservação. Também já imaginei o número do meu vôo na voz de Fátima Bernardes e William Bonner num plantão da Globo e as notícias nunca eram boas. Fico pensando em quem ficaria aqui, no que eu deixaria e nas coisas que eu jamais poderia fazer.
A nossa morte já está escrita? Se o avião caísse, estava escrito que eu ia morrer naquele dia, daquela forma? Ou fui eu quem tracei esse destino? Sei lá. Só fico feliz de estar com os pés no chão de novo.
2 Comentários:
Eu sinto muito mais medo numa viagem de carro pela estrada do que no avião. Avião bate logo aquele sono naquela cadeira desconfortável e eu durmo boa parte do percurso. E na outra parte, sempre tento pegar a janela para ficar olhando a paisagem que, na maioria das vezes, é extremamente sensacional, seja noite ou dia. =)
Eu fico vendo, da minha poltrona, as pessoas entrando no avião, se acomodando, se cumprimentando... e fico imaginando, tipo cena de filme: umas comprando a passagem, outras pedindo para a secretária comprar, outras correndo e quase perdendo o voô. Aí me vem à cabeça a cena futura, de todos nós nos ajudando no meio do acidente! hahahahahaha
Eu devo ser doente... rs
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